segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Rural em Minas



Bem amigos
da rede globo, tô aqui pra criticar uma viagem que eu e minha turma fizemos para Minas Gerais que foi dado o nome de Rural em Minas, quando na verdade deveria se chamar Rural em cu de judas porque o lugar é longe e o ônibus que nós fomos tornou tudo mais distante. Antes de entrar no ônibus nós estávamos tirando fotos na faculdade, quando eu entrei tinha milhões de carrapichos grudados na minha calça e eu fiquei até as 3:00 da manhã tirando carrapicho enquanto todos dormiam, minha sorte já começa daí.
Pra chegar em Ouro Preto só não demorou mais que o show do Guns & roses no RIR, era pra gente ter chegado 5:00 da manhã, nós chegamos 9:00. mas ok. Chegando lá encontramos com a Deolinda (Déo, pros íntimos), nossa guia em Ouro Preto, começamos nossa saga de visitar igrejas e museus, um mais macabro que o outro, dava muito medo, nós visitamos 90 museus e 68 igrejas em um dia. Se a gente fosse dar a volta ao mundo nesse ritmo que nós estavamos, daria 80 dias, a pé.
Nossa nós andamos muuuuuuito, subimos tanta ladeira que nós pagamos a conta de todos os pecados que já estavam no vermelho e ainda ganhamos um vale bônus de pecado FREE durante um ano. O que foi mais impressionante e que até ficamos BOQUIABERTOS:

foi o professor e a Deolinda que juntos somam idade de 937 anos, sambaram na nossa cara com tamanha disposição.

Saindo de Ouro Preto, o que era pra demorar 1:30 foi pra 2:30 por conta das péssimas condições do ônibus e o que era pra ser 2:30 foi para absurdas 5:00 por conta do engarrafamento. 5 HORAS GENTEEEEEEEE:

Como se não bastasse estar num engarrafamento, ficamos num engarrafamento com um caminhão de lixo do lado. Sério. Não sei se o pessoal reparou, mas também o odor não perdia em nada pro cheiro no interior do ônibus, que tava pau a pau com o chorume. Tédio, tédio, tédio. O trânsito passou do estágio de engarrafamento para suicídio coletivo devido à emissão de gases no interior do ônibus. Chegava Passárgada mas não chegava 7 lagoas. Vocês não sabem oque é um engarrafamento mineiro, não tem nada pra comprar, ninguém na estrada vendendo pipocão emília nem biscoito globo, é esse país que vai sediar a copa do mundo? Acho que nem Moisés com seu cajado abençoado conseguiria abrir aquele trânsito, e olha que ele abriu o mar. Eu juro que achei que Jesus ia voltar e eu ainda ia ta dentro do ônibus, e ele não ia me levar com ele porque eu tava fedendo e sem banho desde quinta á tarde, mas lembrei que ele tinha ficado 40 dias sem banho, aí fiquei mais aliviada.

Enfim, chegamos no motel hotel, a noite ainda fomos dar uma voltinha na feirinha e novamente ficamos BOQUIABERTOS:

tinha tudo, menos aquele climão carioca, de música, pegação, pessoas bêbadas pagando mico e vomitando no seu sapato, etc. Tudo muito morto, até os pedintes cariocas são mais simpáticos que o povo mineiro. Comemos uns petiscos e fomos de volta pro
motel hotel. Mas a vida é assim né gente? Num dia a gente se fode e no outro também. Eis que surge o sábado.
Sabadão fomos pra Gruta Rei do Mato, como foi muito legal e não tenho oque reclamar vou pular essa parte. Daí fomos pra Gruta Maquiné, aquela gruta liMda que podia tudo, podia jogar moedinha pra oxidar o solo, podia bater nas pedras pra fechar os poros delas, podia pisar pra sedimenta-las, podia ir em locais proibidos, podia rançar um pedacinho pra levar de lembrança, afinal “AQUI A GENTE NÃO TEM LIMITES” ne gente? s2s2s2s2s2 Com uma guia daquela a caverna não precisa de seca pra se deteriorar né? Sem contar que eu tava prestes a achar a Eliza Samúdio naquela caverna mas não tava achando as formas que ela mostrava, acho que até steve wonder veria, menos eu.
Enfim, a hora da boa. Calma que não é antártica, é o almoço. Hmmm uma delicinha, o que deu o tempero foi os assuntos penetrantes que rolaram na mesa: chuca, herpes vaginal, etc. E fomos pra nossa casa denovo, o ônibus. A gente tava sentindo na pele oque Peter Lounge viveu na caverna só que dentro do ônibus. Lá a gente comia, bebia, dormia, fazia necessidades fisiológicas, nem sabíamos oque era noite e oque era dia. A convivência ali já tava nos tornando mestres em origami, eu vi gente desembalando um pacote de trident e tirando o papel, isso tudo com a mão no bolso, só pra não dá pra ninguém.
E aí fomos pra casa do Guimarães Rosa mas ele não estava. Uma menininha muito simpática nos mostrou os aposentos e nos contou estórias que nos fizeram chorar, e uma emoção assim não tem preço. Brinks tem sim. Foi 2 reais. Quem chorou muito deu 3.
Daí fomos pro aeroporto, nossos corpos foram. Nossas almas já estavam em outro plano. Deixamos nossa amiga jéssica com uma dolorosa despedida “tchau jéssica, até depois de amanhã” e finalmente fomos para o motel hotel.
Em relação ao trote, eu nem vou contOK VOU CONTAR!!! O Alão ligou pro nosso quarto se fingindo do cara da recepção dizendo que tinha uma encomenda de flores pra waniellen, eu e carol avisamos ela e fomos correndo atrás pra ver. A carol sinalizando pro cara que era “ela” e eu falando “ a encomenda, a encomenda”, parecia que nós estávamos vendendo a waniellen. Resumindo, não tinha flores nenhuma, pagamos o maior mico, a carol saiu correndo com vergonha e o michel, alão e pomp ficaram rindo da nossa cara e é isso que dá tempero na vida né gente?
E aí depois de encher a cara de Bacardi e ouvir a isabele bêbada cantando Anahí, fomos para o Milano uma pizzaria com forno à lenha, tudo bem que a questão do forno à lenha não era por tradição e sim por falta de verba pra ter um forno industrial. Já se via pelas paredes caindo e sem pintura, mas a pizza era boa e barata e é isso que conta pra um bando de estudantes universitários viajando no final do mês. Depois disso fomos na melhor boate da cidade comemorar o aniversário da Letícia. 6 pessoas na boate, gente é sério, 6 pessoas. Na área vip 1 segurança, na pista a namorada do vocalista da banda que tava se apresentando e a amiga dela, a mãe dele e mais 2 pessoas que provavelmente ganharam cortesia. Ó decepção! 15 reais jogados fora. A heinken patrocinava a boite, mas não tinha heineken. O que já era de se esperar de um lugar feito para pessoas irem e que não tinha pessoas. Vai eu, uma princesinha, beber cerveja summer. Até que era muito gostosa, me surpreendeu. Depois de gastar quase a grana toda em summer vi a promoção de balde de cerveja. Ok. Mandei carol comprar, não sei como ela lembrou a senha do cartão, fiquei com pena e dei metade do dinheiro. Bebemos, bebemos, bebemos e fomos pro motel hotel porque o Dj tinha ido embora. Kkk sério gente. Quando a gente acha que não pode ficar pior vem a vida e mostra que pode sim. E olha eu voltando pro motel hotel carregando carolina bêbada falando “7 lagoa, 7 banco, 7 carro, 7 moto, 7 gato, 7 cachorro, 7 hotel, 7...” SETE PUTA QUE PARIL.
Chega o domingo, e como todo domingo... fomos à feira, em Belo Horizonte, que tinha GRANDES atrativos:

A feirinha era muito maneira e vendia tudo muito barato. Muito barato mesmo. Teve até muambeira no grupo (letícia) levando artesanato pra revender no rio. Me perdi das meninas
propositalmente, daí tudo se tornou mais produtivo. O professor marcou 12:00 na prefeitura, meu dinheiro acabou às 10:30. De lá fomos dar uma volta na lagoa da Pampulha e depois almoçar no BH shopping, que sambou na cara do Rio de Janeiro com sua praça de alimentação, só faltava mais mesas e cadeiras, mas não seria shopping se não tivesse essa briga predatória por mesa. Almoçados, fomos para o ônibus mais uma vez pra continuar nossa saga. Enfim chegou a hora, ou vocês acharam que em algum momento esse ônibus não ia quebrar? Então, ele quebrou. Perdemos mais 1 hora, sem falar das outras 100 que nós perdemos dentro dele. Olha, se a gente fosse à cavalo chegaríamos mais rápido que com esse ônibus. Ó Deus, chegamos meia noite e não tinha mais ônibus, ainda bem que meu papis é um amorzinho e ele foi buscar a princesinha dele na faculdade. Beijo gente.